quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cristianismo Sim! Algum Problema?

Em círculos judaicos é sempre recorrente uma abordagem negativa a respeito do cristianismo, as vezes tão honesta que beira à injustiça. Não há dúvidas, os judeus sofreram muitas agruras em nome de falsos seguidores de Cristo, ou em nome de um cristianismo oficial. Não há dúvidas que a Alemanha Nazista - por exemplo - era composta de mais de 50% de luteranos. Não há dúvidas que muito do discurso anti-semita medieval sustentava-se por "frases isoladas" ou mesmo explícitas de uma postura "anti-judaica" entre alguns Pais da Igreja.

Porém, reduzir o cristianismo a falsos-cristãos, seria tão incoerente quanto reduzir o judaísmo a falsos-judeus. O joio era previsto pelo próprio Jesus, e mesmo Paulo, o apóstolo, já alertava a Igreja de Roma a respeito de uma possível jactância da parcela gentílica da Igreja em relação aos judeus (Rm 11). Ainda sim, deve-se admitir que é parte da natureza do cristianismo a existência de falso-cristãos. Penso que no cristianismo há muitos "judas", como no judaísmo, deve haver muitos "Tsvi Shabatai", "Saduceus Aristocratas", fundamentalistas religiosos, que desqualificam a essência do judaísmo. Reduzir da mesma forma o judaísmo a estes "sujeitos" seria incoerente.

O termo cristianismo foi usado pela primeira vez no período pós-apostólico, no II século d.C. Inácio de Antioquia foi o responsável pelo uso inédito do termo (ao menos estes são os registros). Alguns críticos veem na criação de uma terminologia nova para identificar os seguidores de Jesus um problema. Neste sentido, supõe-se que a procura por uma identidade independente do judaísmo traria prejuízos à fé chamada "cristã". Mas, como veremos, este é um receio parcialmente compreensivo.

Não acho que Inácio tinha alguma pretensão conspiratória, penso que não havia outra opção. Desde o ano 95 d.C. quando os judeus se reuniram em Yavne (Jamnia) para um conselho que redefiniria o rumo do judaísmo pelos próximos séculos, fora elaborado mecanismos religiosos e litúrgicos para repelir a presença dos "nazarenos" (judeus crentes do I século) do círculo judaico. A rejeição inicial não foi da Igreja, foi do próprio judaísmo. Se a situação era difícil para estes primeiros judeus seguidores de Jesus, o que dirá aos gentios recém chegados do paganismo. Estes eram um grupo com grandes problemas identitários: por um lado não eram judeus (pois não se submetiam à conversão formal ao judaísmo) e nem eram pagãos (pois não frequentavam os cultos pagãos).

A sinagoga não queria mais os seguidores de Jesus, o mundo pagão também repelia os gentios seguidores de Jesus. A única saída foi a afirmação de uma identidade independente, tanto do mundo pagão como do mundo judaico. Ignácio, quando afirmou o aspecto "universal" (católico) da Igreja, queria deixar claro que a "Igreja" era uma instituição para além dos limites "étnicos". Enfim, quais foram as principais consequências da inauguração do cristianismo?

Consequências positivas: a expansão da fé cristã, que sem exagero (basta uma olhadela nos atuais estudos), seria um tipo de "judaísmo minimalista" para acolhimento dos gentios à fé em Jesus e ao monoteísmo derivado deste. Este judaísmo minimalista (cristianismo) dialogava bem com as culturas pagãs, principalmente em províncias e territórios onde a sinagoga já não estava presente (países nórdicos - por exemplo).

Consequências negativas: o distanciamento da matriz hebraica produziu gradualmente um perda da cosmovisão judaica; uma cristologia excessivamente preocupada com a transcendência, ofuscando a humanidade e a identidade cultural do verbo quando se fez carne. O diálogo com a cultura grega, por vezes foi promissora, por outras vezes, a síntese entre "cristianismo" e "cultura grega" trouxe grandes problemas para o seio do cristianismo.

Sendo assim, o cristianismo é um movimento legítimo, enquanto a resposta do Espírito Santo para um momento de tensão entre a Igreja e Sinagoga. A ruptura seria inevitável e necessária. Neste sentido, o cristianismo deve ser honrado e respeitado, como um fenômeno legítimo de acolhimento e reunião das nações ao redor do Messias judeu, Jesus.

Por outro lado, o cristianismo depara-se com uma tendência mundial, de visita e releitura de sua própria fé a partir das fontes judaicas. Vários escritos judeus, protestantes, católicos e reformados, dedicam-se ao estudo da língua hebraica, da tradição rabínica, dos Manuscritos do Mar Morto e outros recursos da tradição judaica, para compreender e enriquecer a própria experiência do cristianismo e por que não do próprio judaísmo?

Um outro fenômeno que não pode ser ignorado, é a crescente presença de judeus que percebem Jesus como uma figura messiânica. A presença crescente dos ditos "judeus-messiânicos " em Israel e na Diáspora é um fato, e deve ser considerado. Não faço referência a grupos fundamentalistas, judaizantes ou que procuram descredibilizar a tradição cristã e o próprio cristianismo. Neste sentido, uma leitura do Manifesto Judeu-Messiânico de David Stern traz boa luz doutrinária. Segundo ele o judeu-crente, por uma questão identitária, deve permanecer judeu, vinculado a sua tradição e neste sentido, o cristianismo não é adequado para ele. Um espaço autônomo, que proporcione liberdade litúrgica e que remeta os tempos pré-inaciano de culto, seria interessante. Mas, neste sentido, o debate é longo.

O que quero afirmar com este breve texto é que o cristianismo é um movimento historicamente estabelecido, levantado por crentes piedosos, que na tensão com o judaísmo, viram-se obrigados a criar um espaço de acolhimento dos gentios convertidos a fé cristã. Nem tudo que é cristão é necessariamente apostólico, como nem tudo que é judaico é necessariamente mosaico. Pois ambos, desenvolveram suas tradições, e como diz Alister McGrath , a melhor forma de lidar com a tradição é compreendê-la dinamicamente. Pois a tradição enriquece a fé ao afirmar experiências anteriores e é enriquecida com novos contextos e experiências teológicas. A tradição é relativa à revelação.

Não obstante, o cristianismo não está isento de algum tipo de crítica histórica ou religiosa, pois há elementos heterodoxos na diversificada tradição cristã que são incompatíveis com a fé apostólica, como por exemplo: as influências do tomismo aristotélico, o neo-platonismo, o antinomismo luterano, o legalismo pietista e por aí vai.

O cristianismo foi o grande precursor dos direitos humanos; em seu formato reformado promoveu o avanço das pesquisas científicas e da produção de riquezas. O cristianismo implantou universidades em toda Europa e nas Américas; as primeiras academias brasileiras eram confessionais. O cristianismo erradicou a confusão politeísta e expandiu um monoteísmo transformador em lugares assolados pelo caos teórico e por crenças perversas que oprimiam mulheres e escravos. O cristianismo conseguiu popularizar e cumprir em muitos lugares, como a experiência do neo-calvinismo holandês , um tipo de atuação antecipadora das profecias, os profetas judeus jubilariam se vissem o que Abraham Kuyper realizaria entre os séculos XIX-XX. O cristianismo criou comunidades modestas, fervorosas, pensantes, atuantes e inspiradoras como L'Abri na Suíça com a família Schaeffer . Não foi em vão que Calvino ao fazer teologia em suas Institutas, o fazia a partir das Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento), mostrando uma unidade entre os "testamentos", evitando a heresia marcionista , que ainda aterrorizava outras tradições dentro do protestantismo e do cristianismo medieval.

Penso que é possível uma experiência cristã real dentro do cristianismo. Uma pessoa pode desfrutar perfeitamente de Deus através da modalidade cristã de fé, pois de fato o cristianismo se estabeleceu criativamente como um movimento com tradição e espiritualidade próprias, e que vive um momento de redescoberta de suas raízes em Jerusalém, mas em um movimento que passa por Calvino, Agostinho, os Pais Capadócios, Nincéia, os Bispos Judeus (citados por Eusébio), aos Apóstolos, ao Messias, aos profetas e à Torá (pentateuco), curando as cismas históricos com a ajuda da graça de Deus, em Cristo, que reconcilia judeus e gentios (Ef. 2) no madeiro.

Fonte: http://pensarigor.blogspot.com/2009/12/cristianismo-sim-algum-problema.html

terça-feira, 23 de junho de 2009

10 razões porque não tomo banho

(Paralelo a "10 razões porque não vou à igreja" )
Pessoas que não freqüentam os cultos sempre dão algumas desculpas razoavelmente interessantes para justificarem-se. Para mostrar a fraqueza dessas desculpas, alguém elaborou uma lista bem humorada chamada: "DEZ RAZÕES POR QUE NUNCA TOMO BANHO".



1 - Fui forçado a tomar banho quando era criança.
2 - Pessoas que se banham são hipócritas - elas se acham mais limpas que as outras.
3 - Há muitos tipos de sabonete, eu nunca decidiria qual usar.
4 - Eu costumava tomar banho, mas tornou-se uma coisa chata.
5 - Nenhum dos meus amigos toma banho.
6 - Tomo banho apenas no Natal ou na Páscoa.
7 - Começarei a tomar banho quando ficar mais velho.
8 - Não tenho tempo.
9 - O banheiro é muito frio.
10 - Os fabricantes de sabonete estão somente atrás do meu dinheiro.



A comparação é óbvia. A maioria das desculpas para não se ir à Casa de Deus, são furadas. Assim também são os motivos pelos quais as pessoas não dão atenção para os assuntos espirituais.
Pena que isso aconteça... Pena que muitos inventam tantas desculpas... Agora, pense um pouco: O que essas pessoas vão ouvir de Deus (O SENHOR; O criador do Céu e da terra) na hora da sua morte? " Vinde benditos do meu Pai?". Mesmo crendo no imenso amor, na graça e na misericórdia de Deus, creio também no seu juízo e creio que Deus não vai fechar os olhos para aqueles que se fizeram de surdos e de cegos durante a curta vida aqui neste mundo. Pense: "De Deus não se zomba, aquilo que uma pessoa plantar, isso colherá" (Gálatas 6.9). "HOJE SE OUVIRDES A VOZ DO SENHOR, NÃO ENDUREÇA O SEU CORAÇÃO" (Hb 4.7).

Autor: Desconhecido
Fonte: www.palavraprudente.com.br

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

BODAS DE PRATA NO NAMORO


Estamos vivendo um problema que não lembro de ter lido algo parecido na história e, como tudo que é novo a igreja demora anos para assimilar, não estamos sabendo tratar o assunto como deveríamos.

Estou me referindo aos namoros de hoje.

Os jovens, ou melhor, os adolescentes estão começando os namoros mais cedo. Os meus pais começaram a namorar com 16 anos, o meu primeiro beijo foi dado com 14 e hoje já é comum ouvir entre os adolescentes que o primeiro beijo foi dado aos 10 anos.

Nem quero entrar no âmbito da precocidade dos adolescentes, que isso é uma outra questão a se tratar.

O problema não está apenas no começo do namoro, mas também no fim dele. A nossa sociedade capitalista e triunfalista nos formatou da seguinte forma: o certo é casar depois que a vida estiver estável financeiramente. Os meus pais se casaram com 19 anos, a minha geração se casou com 25 e agora a maioria está se casando com 28, 30 anos.

Está posto à mesa um problema que não se viu antes, a fase de namoro de uma pessoa deu um salto de 4 anos a 20 anos em pouco mais de uma geração. Logo vamos falar em bodas de Prata no namoro.

E quanto a nós, cristãos conservadores, que acreditamos que o sexo é para o casamento?

Um adolescente recebe, desde os 10 anos, uma carga grande entre os amigos para namorar, ouve na igreja para se abster do sexo e ouve dos pais para nem pensar em casar antes de se formar na faculdade.

Soluções como a proibição dos pais ao namoro até certa idade já se mostrou apenas um combustível altamente inflamável para os adolescentes. A proposta dos líderes de jovens para um namoro sem nenhum contato físico, a corte, não foi aceita pela maioria e acabou gerando muitos fariseus legalistas e mentirosos entre seus membros.

Em uma coisa acredito que todos concordam, no “carro chamado intimidade” no namoro não existe marcha ré.

A pergunta é: o que se deve ensinar para esta geração chegar ao casamento sem transar?

Tenho viajado o Brasil todo, ouvido e visto de tudo.

A maioria prefere ignorar o problema e continuar falando genericamente do assunto, outra parte quer ensinar baseado em um pecado: o medo.

Colocam medo nos adolescentes, além de mandarem para o inferno os que caíram, gastando horas mostrando que as meninas podem engravidar, pegar uma doença fatal, e a mais usada, pode criar traumas que irão carregar para o resto de suas vidas. Todas essas conseqüências eu acho que são reais e devem ser expostas, mas não acho que isso vai impedir alguém de transar na hora que a coisa esquenta. Pois a camisinha e os psicólogos já foram inventados.

João falou em sua carta que “no amor não existe o medo, antes o perfeito amor lança fora o medo”.

Estamos falhando, porque a solução não é o terror e nem o medo, é o amor.

Acredito fielmente que a tarefa quase impossível de se guardar para o casamento não é conquistada por mais ou menos leis, por medo, mas sim por amor a Deus.

Se nós nos aproximarmos de Deus de tal forma que nos relacionemos com Ele como amigos íntimos, entenderemos o que Ele fez na cruz por nós. Aí sim começaremos a entender que não temos que obedecer a bíblia para não ir para o inferno ou para não receber castigo de Deus, mas sim porque amamos e somos gratos para com aquele que nos salvou.

Alguns podem até cair, pois nem sempre permanecemos focados em Deus, mas assim que o Espírito nos lembra do evangelho, voltamos a querer, acima de nossas vontades, agradá-Lo em gratidão.

Acredito que uma boa conversa preventiva, uma boa educação em casa e na igreja ajudam, mas acredito fielmente que a boa conduta de alguém está baseada no amor e na gratidão de uma pessoa que foi salva por Cristo.

Marcos Botelho

Fonte: http://www.apriscoonline.com/forum/topics/bodas-de-prata-no-namoro

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

7 metas diárias do verdadeiro cristão

1) Cultuar a Deus, o que inclui adoração profunda, renúncia, intercessão, leitura bíblica com meditação e, eventualmente, jejum.
2) Esforçar-se para conduzir pessoas a Cristo e, quando possível, estar em paz e comunhão com os irmãos (Hb 12.14), exceto quando estes se enquadrarem em 1 Coríntios 5.11.
3) Defender a verdade do evangelho de Cristo (Fp 1.16; Gl 1.8).
4) Refletir a cada momento se tem andado conforme a Palavra de Deus (Sl 119.105).5) Estar preparado para a vinda de Cristo (1 Jo 3.1-3; 1 Ts 5.23).6) Estar mais cheio do Espírito Santo do que ontem (Ef 5.18, gr.).7) Ler bons livros, de autores que amam a Jesus e respeitam a sua Palavra.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Transei com meu namorado e agora?

Nós perguntaram se sexo é pecado. Eu tenho apenas dois pontos simples e relevantes falar. O primeiro é que a sexualidade é designada por Deus como uma maneira de se conhecer a Deus em Cristo mais completamente.

O segundo é que conhecer a Deus em Cristo mais completamente é designado como uma maneira de se guardar e guiar nossa sexualidade. Eu uso a frase “Deus em Cristo” para indicar no princípio que voltarei freqüentemente a essa frase, porque o pressuposto bíblico desta conferência é que Cristo é Deus.

Agora, para declarar esses dois pontos, desta vez negativamente, em primeiro lugar, todos os usos impróprios de nossa sexualidade distorcem o verdadeiro conhecimento de Cristo. E, em segundo lugar, todos os usos impróprios de nossas sexualidades derivam de não termos o verdadeiro conhecimento de Cristo.

Ou para colocar de uma maneira melhor: 1) toda a corrupção serve para ocultar o verdadeiro conhecimento de Cristo, mas 2) o verdadeiro conhecimento de Cristo serve para prevenir a corrupção sexual.

Agora vamos imaginar que quando entendemos que Cristo é Deus e que através de Cristo ele nós salvou da morte, podemos optar pela vida e pela morte. E muito depois de entenderem que Cristo é Deus optaram pela morte. Você já conheceu alguma jovem que fez sexo com seu namorado? Ou algum jovem que seduziu uma jovem com aquele papo “Eu te amo vamos para a cama”? O interessante é que essas pessoas sabem que estão erradas, mas elas acham que a graça pode salva-las de suas atitudes malignas. Cristo não é um Deus vingativo ele é um Deus que ama seus filhos, e dá duas opções, vida ou morte e é você que escolhe viver Cristo ou escolher a morte.

Sexo dentro do casamento é designado por Deus como uma maneira de se conhecer a Deus mais completamente. Estranho? Não!!!

Deus criou seres humanos à Sua imagem – homem e mulher, com capacidades para prazeres sexuais intensos, e com um chamado para compromisso no casamento e continência na vida de solteiro. E seu propósito em criar seres humanos com individualidade e paixão foi assegurar que houvesse linguagem e imagens sexuais que apontassem para as promessas e os prazeres do relacionamento de Deus com o Seu povo e de nosso relacionamento com Ele. Em outras palavras, a razão última (não somente a única) por que somos sexuais é para tornar Deus mais profundamente conhecível. A linguagem e as imagens da sexualidade são as mais gráficas e as mais poderosas que a Bíblia usa para descrever o relacionamento entre Deus e o Seu povo – tanto positivamente (quando somos fiéis), como negativamente (quando não somos). Por isso que Deus usa da aliança, da noiva, do casamento entre as partes.

Novo Testamento, após Jesus Cristo ter morrido e ressuscitado e estar reunindo um povo para Si mesmo e para o Seu Pai celestial, o apóstolo Paulo chama todos os maridos a viverem com suas esposas dessa forma (Efésios 5:25-27). Modele seu amor neste tipo de amor:

Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

Deus nos fez poderosamente sexuais para que Ele fosse mais profundamente conhecível: Foi nos dado o poder para conhecer um ao outro sexualmente, para que pudéssemos ter alguma dica do que seria conhecer a Cristo supremamente. Cara sexo não é pecado, sexo gera vida, sexo é algo que incendeia o amor, definitivamente sexo não é pecado quando praticado dentro das leis do Senhor.

Portanto, todos os usos impróprios de nossa sexualidade (adultério, fornicação, fantasias ilícitas, masturbação, pornografia, comportamento homossexual, estupro, abuso sexual de crianças, bestialidade, exibicionismo, e assim por diante) distorcem o verdadeiro conhecimento de Deus. Deus tenciona que a vida sexual humana seja um indicador e um antegozo de nossa relação com Ele.

Conhecer a Deus é designado por Deus como uma maneira de se guardar e guiar nossa sexualidade.

Não somente todos os usos impróprios de nossa sexualidade servem para ocultar ou distorcer o verdadeiro conhecimento de Deus em Cristo, mas o oposto também opera poderosamente: o verdadeiro conhecimento de Deus em Cristo serve para prevenir o uso impróprio de nossa sexualidade.

Assim, por um lado, a sexualidade é designada por Deus como uma maneira de conhecer a Cristo mais completamente. E, por outro lado, conhecer a Cristo mais completamente é designado como uma maneira de se guardar e guiar nossa sexualidade.
Se conhecermos a Cristo e “damos” um pega no “drops” no “nosso” namorado, deixamos de conhecer o verdadeiro conhecimento de Deus, se “comemos” nossa namorada e achamos que ninguém ira perceber distorcemos e ocultamos o plano de Deus guiar nossa sexualidade.
Agora, em face disso, parecerá para muitos como patentemente falso que o conhecer a Cristo guardará e guiará nossa sexualidade. Porque muitos listarão os pastores, reverendos e teólogos que têm cometido adultério, ou que têm sido descobertos como viciados em pornografia, ou que têm usado sexualmente garotos ou garotas. Certamente, então, se pastores, que sustenta o sagrado ofício de ternamente pastorear o rebanho de Cristo, podem ser tão sexualmente corrompidos, não pode haver nenhuma correlação entre conhecer a Cristo e ser sexualmente correto, pode?

Eu penso que esta questão deva ser respondida a partir das Escrituras, não da experiência, porque se as Escrituras ensinam que conhecer verdadeiramente a Deus guarda, guia e governa nossa sexualidade em pureza e amor, então, podemos estar certos de que um pastor, ou padre, ou teólogo, ou qualquer outra pessoa, cuja sexualidade não é governada, guardada e guiada numa pureza e amor que exaltam a Cristo, não conhece a Deus – pelo menos não como deveria conhecer. Assim, o que a Bíblia ensina com respeito ao conhecimento de Deus e o guardar de nossa sexualidade?

Para responder esta questão, permita-me lembrar-lhe que conhecer alguém no sentido bíblico mais pleno é definido por imagens sexuais. Gênesis 4:1, “E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim”. “Conhecer” aqui se refere à relação sexual. Ou novamente em Mateus 1:24-25, nós lemos, “E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS”. Ele “não a conheceu” significa: ele não teve relações sexuais com ela. Eu não quero dizer que toda vez que a palavra “conhecer” é usada na Bíblia, há conotações sexuais.

Mas até agora eu tenho apenas falado; eu ainda não mostrei isso a partir das Escrituras. Eu apenas disse, “Se as Escrituras ensinam que conhecer verdadeiramente a Deus guarda, guia e governa nossa sexualidade em pureza e amor, então, podemos estar certos de que um pastor, ou padre, ou teólogo, ou qualquer outra pessoa, cuja sexualidade não é governada, guardada e guiada numa pureza e amor que exaltam a Cristo, não conhece a Deus – pelo menos não como deveria conhecer”.

Então, é isto o que a Bíblia ensina: que conhecer a Deus – conhecer a Cristo – é o caminho para pureza? É realmente verdade que o verdadeiro conhecimento de Deus prometido em Oséias (e Jeremias 31:34) traz as poderosas paixões do corpo debaixo da influência da verdade, da pureza e do amor?

Deixe-me simplesmente te mostrar alguns dos textos que mostram a resposta. Cada um dos textos ensinam que o conhecer a Deus revelado em Jesus Cristo, guarda nossa sexualidade do uso impróprio, e que o não conhecer a Deus nos leva a sermos escravos de nossas paixões. Romanos 1:28:

Visto que eles não procuraram ter Deus em [seu] conhecimento, Deus os entregou a uma mente depravada para fazer o que não dever ser feito. (tradução literal)

Suprimir o conhecimento de Deus fará de você uma vítima da corrupção. Isto é parte do julgamento de Deus. Se você negocia o tesouro da glória de Deus por qualquer coisa, você pagará o preço por essa idolatria na desordem de sua vida sexual. Isto é o que Romanos 1:23-24 ensina:

E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si.

Este é o caminho velho. Quando nos chegamos a Cristo, nos despimos disso como um traje velho. Ignorância da ira e da glória de Deus não combina mais conosco. O novo caminho é a santidade sexual, e Paulo contrasta isso com o não conhecer a Deus. 1 Tessalonicenses 4:3-5:
Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus.

Não conhecer a Deus te coloca à mercê de suas paixões – e elas não têm misericórdia sem Deus. Aqui está a forma como Pedro diz isto em 1 Pedro 1:14-15:

Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento.

Os desejos que te governaram naqueles dias receberam seu poder para enganar, não para dar conhecimento. Efésios 4:22:

A despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano.

O que se pode dizer disso? Quer fazer sexo fora do casamento é um caminho que só leva a um lugar. A morte, e depois não diga que eu não avisei.

John Piper / J.M

fonte: http://sexxxchurch.com/?p=311